"A Relação da Astrologia com a Psicologia, a Ciência, a religião e a magia." ASTROS MA RADIO PROGRAMA Nº 91

A Relação da Astrologia com a Psicologia, a Ciência, a religião e a magia.
Astrologia, uma Ciência Milenar ao serviço do Conhecimento Humano


A percepção intuitiva da existência de uma consciência cósmica e de padrões mais amplos de influência sobre as realidades e consciências individuais, aliás, é o que fez o ser humano desde sempre se sentir participante de uma ordem maior do que a percebida nos seus domínios imediatos.
Observando, catalogando, analisando e registrando milhares de vezes a ocorrência encadeada de fenômenos naturais e descobrindo, assim, uma forte ligação entre estes fenômenos e os acontecimentos banais ou fundamentais da sua vida, o ser humano sempre respeitou a força dos elementos e a sequência dos eventos como indícios (ou causas) do que se passava ou estava por lhe acontecer.
Percebeu que no desenvolver lento e gradual, momento a momento, ciclo a ciclo, das etapas da criação e de suas espécies vivas, parece residir um plano misterioso que se desdobra:
A cada semente aponta o próximo fruto, cujo interior estarão depositados os detalhes da semente seguinte. Pré-definindo, assim, as condições dentro das quais a vida, em cada uma de suas múltiplas manifestações, se dará no futuro breve, imediato e longínquo;
e determina, através das tendências de cada momento, o provável processo de desdobramento de cada potencial em realidade.
Tendências,
esta a chave do futuro, disponível no presente!

Tendências, a informação fundamental para qualquer entendimento mais amplo da realidade e mesmo a sua previsão!
Desde os Primórdios da Civilização
Em todas as épocas o ser humano procurou no seu meio sinais indicadores do presente ainda desconhecido e do futuro a se manifestar, tentou descobrir as tendências de cada situação;


mais ainda, durante toda a sua história o ser humano tentou participar diretamente do curso dos acontecimentos, a procura de influenciar diretamente na sua ocorrência.
Pinturas rupestres em cavernas pré-históricas sugerem tentativas de facilitar ações de caça e guerra antes mesmo das presas ou rivais terem sido avistados;
rituais milenares preservados até hoje nas ilhas do Pacífico Sul e em regiões centrais da África apontam a intenção de influenciar o curso dos acontecimentos naturais e humanos;
registros inscritos ou esculpidos em construções megalíticas como as ruínas das civilizações babilônica, egípcia, asteca, pré-incaica e mongólica comprovam a a busca de alternativas para superar a fragilidade assustadora frente a qualquer imprevisto ameaçador; complexos sistemas preditivos foram concebidos e desenvolvidos por povos das mais distintas culturas e origens, sempre na tentativa de antecipar-se aos eventos e proteger-se de inconvenientes.

As práticas divinatórias
— de “serviço aos deuses”, visando obter os seus favores — assumiram todas as formas possíveis, dependendo da cultura que as produzia:
sementes, pedras, folhas, animais, objetos, substâncias químicas, instrumentos musicais e de percussão, cantos, hinos e cantos, fumaças e fumigações, peças de artesanato, obras de arte e até mesmo excrementos podiam ser utilizados, desde que realizassem a ponte esperada entre o sagrado e o profano, isto é, “persuadissem” os deuses a informar o ser humano de quais ocorrências iriam se abater sobre ele ou estavam por se verificar.
Para tanto, a humanidade tornou sagrado gatos, escaravelhos, elefantes, vacas, peixes e serpentes, utilizou sementes, inscreveu caracteres, criou objetos de madeira, metal, cerâmica ou vidro, desenvolveu artefatos têxteis, queimou ervas aromáticas, venerou pedras esculpidas, folhas ou vísceras e até mesmo concebeu  práticas ritualísticas, sacrifícios de animais e de humanos, combinando dança, música e cantos, para seduzir e persuadir os deuses, para deles tentar obter protecção, informação, a sempre preciosa informação sobre a realidade concreta.
Basta lembrar que o herói grego Prometeu nunca foi perdoado pelos deuses do Olimpo, após a sua tentativa (bem sucedida) de roubar o fogo dos céus e distribuí-lo entre os homens, ampliando-lhes a consciência e aumentando-lhes o poder sobre o futuro!
Porque sempre se tratou de obter informação, informação que ampliasse o conhecimento humano e aumentasse a sua possibilidade de sobrevivência e de construção de felicidade para si e para os seus.
Com a leitura de folhas de coca, como nas práticas andinas desde tempos pré-incaicos; ou folhas de chá ou nas borras de café, através do jogo de varetas ou de moedas, como no milenar I Ching chinês;
Sacudir pedrinhas cobertas de inscrições, como nas runas célticas;
Analisar demoradamente a simbologia de cartas, como na época medieval com o Tarot de Marseille; ou cartas de jogar dos soldados da corte real espanhol.
ou apenas observar as estrelas e registrar o  movimento dos astros no firmamento, como na astrologia, o ser humano sempre procurou encontrar condições para sobreviver e se organizar no seu  meio ao aparente caos da realidade.
Mas de todos os recursos “mágicos” criados pela humanidade, a astrologia sempre foi o mais encontrado: todas as culturas, independente da sua localização geográfica, condições climáticas e grau de desenvolvimento comercial, agrícola ou artesanal, tiveram algum nível de prática astrológica.
Por uma simples razão:
como diz o ditado popular, o sol nasce para todos!
Isto é:
em todas as latitudes e longitudes e em todas as épocas o ser humano teve sobre si o céu e os astros, na sua rigorosa, mas ritmada mutação;
no suceder de incontáveis gerações, muitas das “coincidências” foram observadas e registradas, permitindo o acumular de informações sobre padrões que tendam a repetir se, independentemente das condições que parecessem predominar.
A cada vez que um certo astro, planeta ou estrela, executa um movimento nos céus, determinada ocorrência era observada na Terra;
a cada vez que uma certa combinação de astros “lá” se dava, determinada sucessão de acontecimentos “aqui” se produzia.
E esta hein?
Suponha-se a existência de algum nível de “ligação” entre os corpos celestes
— “com toda a certeza divinos!”
— e os acontecimentos mais vitais do ser humano e da sua vida.
Fragmentos de tábuas de barro cozido encontrados no que hoje corresponde ao Médio Oriente indicam que sumérios, hititas, caldeus e babilônios já praticavam a “leitura” dos astros e ousavam interpretar o significado dos seus movimentos há pelo menos vinte milênios; calendários em pedra polida encontrados pelos conquistadores espanhóis na costa pacífica da América do Sul e nas regiões da América Central apontam ocorrência semelhante;
Registros milenares em sânscrito atestam que a prática da astrologia já era desenvolvida nas primeiras civilizações do subcontinente hindu;
Tradições até hoje mantidas pelo sufismo árabe (o misticismo islâmico) ou pela kaballah hebraica não fazem outra coisa senão sinalizar a mesma realidade.
Todavia, para todos estes povos
— e até mesmo para o pensamento europeu da Idade Média, berço da cultura ocidental
— tratava-se, todo o tempo, apenas de querer saber com antecipação o que já se supunha predestinado a acontecer.
Nada mais havia a fazer senão vergar-se à impiedosa força do destino, que no seu movimento supostamente circular obrigava todos os seres a acontecimentos independentes das suas vontades individuais.
Muitos dos antropólogos que se detiveram a estudar manifestações humanas como a magia e a religião ensinam que o que distingue uma da outra é a suposição central da magia no sentido de se poder interferir ativamente na realidade, ao passo que a religião se caracteriza por uma atitude contemplativa frente a uma realidade tida como imutável.
(Neste sentido, em termos históricos, a Ciência é “filha” da magia, e não da religião, pois a procura incessante de conhecimentos, atributo central da atitude científica, nada mais visa senão aumentar a capacidade humana de interferir no mundo físico real!
E não para outra coisa é que tantos sistemas de conhecimento divinatório, também chamados de Ciências Arcanas
— do latim arcanu, “mistério” —, foram também desenvolvidos)
Mas o que poderia o ser humano era apenas supor, senão o fato de que os movimentos celestes provocavam os acontecimentos terrestres e humanos?
Afinal, neles não viviam lá os deuses?
Poderiam os nossos antepassados acreditar em outra coisa senão numa suposta força causal possuída pelos movimentos celestes?
Num mundo pré-científico, no qual nada se sabia de eletromagnetismo, “buracos negros”, força nuclear forte ou fraca, partículas subatômicas, fusão nuclear ou mesmo Física, Química e Psicologia, poderiam os homens e mulheres daquelas épocas conceber outra possibilidade que não a da predestinação e da influência direta dos astros sobre o destino de cada ser vivo?
E não estou a falar apenas de homens que viviam na barbárie ou em estágios um pouco mais elevados de civilizações já existentes:
o astrólogo Jean Baptiste Morin de Villefranche  (1583-1656), ao serviço do Cardeal de Richelieu e toda a corte de Paris no Século XVII, editou uma extensa obra (L’Astrologie gauloise) cujo título principal era a Teoria da determinação ativa dos corpos celestes, o que não deixa dúvidas sobre a suposição até então predominante.
Mesmo a astrologia que se praticou na Europa a partir do Século XIX foi fortemente marcada por estas noções deterministas:
influenciadas pela produção teórica de Helena Petrovna Blavatsky, fundadora e líder do movimento político-espiritualista da Teosofia, e pelas noções reencarnatórias que o pensamento hinduísta desenvolvou no decorrer dos séculos no subcontinente indiano, Alice Bayley e Annie Besant desenvolveram uma astrologia fortemente alicerçada na idéia de que tudo o que ocorria na vida de uma pessoa era  “carma” do passado sendo cumprido nesta vida, num  “acerto cósmico de contas”.
Esta mesma tendência reencarnacionista se expandiu pelo trabalho de astrólogos adeptos do Espiritismo, movimento espiritualista com tonalidades próprias desenvolvidas a partir do trabalho de Allan Kardec, que em 1856 publicara O Livro dos Espíritos e deu início a este movimento de astrologia espiritual.
Num primeiro momento, as condições humanas foram vistas como meras decorrências da vontade dos deuses encarnados nos astros, os quais eram implacáveis na sua ira ou quando não satisfeitos nos seus desejos;
Pior ainda:
Hoje, ainda há quem afirme que os planetas “atuam energeticamente” sobre a ocorrência dos fatos e o desenrolar dos processos, misturando noções da Física apreendidas superficialmente com superstições de um passado já distante.
Que os “planetas” utilizados pela astrologia na procura de conhecimentos correspondem apenas a recursos simbólicos, meramente simbólicos, transitando por pontos imaginários do espaço, e continua- se supor que estamos à mercê de forças maiores do que nós e situadas fora de nós mesmos, contra as quais nada se podemos fazer.
Estas mesmas condições hoje passaram a ser vistas na astrologia Karmica, como nada mais senão etapas de um longo trabalho multissecular de purgação, alma a alma, de “más ações” algum dia praticadas em vidas anteriores.
Como, então, devolver ao ser humano a possibilidade de acreditar que pode interferir ativamente no seu próprio destino e nas condições de vida que ele mesmo esta a produzir, nas suas escolhas, ações e atitudes?
E Assim vem…
A Astrologia Psicologica
Traços Estruturais de Personalidade na astrologia?
Os traços estruturais da personalidade global compõem o que pode ser chamado de tipo psicológico e merecem, por parte da pessoa, um minucioso trabalho de “gerenciar” ou “administrar” as suas formas de manifestação.
Isto é:
já que tais traços estarão sempre presentes no psiquismo daquele pessoa, pois fazem parte da sua estrutura psíquica mais profunda e não são em si positivos nem negativos, o desafio é aprender a lidar com as suas formas de manifestação de modo mais adequado do que , até hoje.
Imagine alguém que nasça portador de um psiquismo naturalmente mais extrovertido do que introvertido;
Esta pessoa deve se esforçar a prestar mais atenção aos seus conteúdos internos, pois facilmente percebe o que está no meio ambiente e crê estar de posse de todos os dados necessários para uma correta avaliação da situação, sem perceber com clareza o que se passa “por dentro dela ” relativamente a sentimentos, pensamentos e sensações.
Já alguém predominantemente introvertido atua ao contrário:
Lida com situações objetivas principalmente a partir do que identifica no seu próprio mundo interior, dada a maior facilidade em dirigir a consciência para o seu campo de referenciais internos, com freqüência exagera ou diminui a importância real do objeto ou do evento externo por mal perceber o que está acontecer no meio ambiente.
Pode ser alguém predominantemente intuitivo (muitos planetas em signos de Fogo):
então, percebe-se com extrema facilidade o que os outros querem ou sentem, crê-se que todos têm a mesma facilidade de percepção e poucas vezes fala de si mesmo.
Esta pessoa deverá  falar de si  até à exaustão, correndo o risco de parecer óbvia — pois, pelo menos, terá então a certeza de o outro compreender o que lhe passa por dentro.
Mas se for uma pessoa com a função intuição pouco desenvolvida, terá de se esforçar a não pedir tão excessivamente repetidas manifestações explícitas de carinho, consideração ou respeito por parte dos outros, pois provavelmente ela é que não consegue perceber com facilidade e julga não recebê-las.
Pode ser alguém com predominância de função sensitiva (muitos planetas em signos de Terra) e, dada a facilidade com que se conecta com o próprio interior de estabilidade, deverá se esforçar a rever a posição frequente de auto-suficiência presumida que a faz abrir mão de aspectos mais difíceis da realidade para não ter de engolir sapos.
 “Eu não preciso disto”, é a sua afirmação constante, ao contrário de quem tem esta função pouco acessível à consciência:
este caso indica alguém que crê necessitar tanto do mundo externo para a sua  suposta estabilidade (conta bancária, emprego, rotinas do dia-a-dia, certa relação pessoal etc.), que acredita que se desequilibrará se abrir mão deles, mesmo quando isso não  a satisfaçam.
Ou talvez seja uma pessoa com predominância da função intelectual (muitos planetas em signos de Ar) e tenha uma extrema facilidade de transformar em raciocínios tudo com o que se envolve;
Se por um lado isto costuma apontar o autodidata por excelência, em geral sugere a necessidade de aprender a utilizar mais vezes outras funções da consciência (até porque a função pensamento é excessivamente valorizada na nossa cultura).
Se, entretanto, a pessoa tiver escasso acesso a esta função da consciência, o que por si só muitas vezes gera uma vaga “sensação de burrice”, ela deve ser reforçada a avaliar mais objetivamente o seu desempenho intelectual, pois pode estar a considerar-se menos competente do que realmente é.
Pode também ser uma pessoa que tenha enorme facilidade em se conectar com o mundo através da sua função predominantemente emocional (muitos planetas em signos de água):
com frequência e acredita estar tão à mercê dos próprios sentimentos, que prefere manter-se à distância de situações de forte envolvimento emocional.
Mas se o mapa astrológico natal oferecer indicativos de uma dificuldade maior em conscientizar os próprios sentimentos, deve ser reforçado a não entrar em situações nas quais a forte emoção é o único suposto benefício:
é que irá preferir tal tipo de situação, pois um sentimento intenso pode ser percebido com muito mais clareza, seja agradável ou desagradável e mesmo quando a situação nada mais tenha a lhe oferecer.
Da mesma forma, mas de modo mais acentuado, a pessoa poderá apresentar na sua carta astrológica natal o que é chamado um Grande Trígono, seja ele de Fogo, Terra, Ar ou Água (um triângulo equilátero formado por três ou mais planetas localizados em signos de um mesmo Elemento e que mantêm entre si respectivas relações angulares de 120º):
isto indicará no psiquismo do consultante uma marcada predominância da função simbolizada por aquele Elemento (Fogo/intuição, Terra/sensação, Ar/pensamento e Água/sentimento), merecendo uma breve discussão e um aprendizado sobre como atuar na vida também a partir das outras funções da consciência.
A carta astrológica natal pode indicar um acúmular de planetas em signos Cardeais e apontará uma pessoa para quem uma alta taxa de desgaste físico-muscular é fundamental a todo o tempo, dada a facilidade de reposição de energias a serviço das atividades orgânicas e mentais:
tanto mais ela tiver um dia-a-dia sedentário, mais ela se sentirá com tensão, irritada e impaciente, pronta para explodir a qualquer momento;
se  acúmular  planetas em signos Fixos, um estável núcleo interno de auto centramento se transformará com facilidade em obstinação e teimosia, merece minuciosa avaliação quando necessário;
e se  acúmular  planetas em signos Mutáveis, haverá uma natural inclinação a se envolver em tarefas partilhadas facilmente inclinará a pessoa a aceitar tarefas que são dos outros, com base num impulsivo “pode deixar que eu faço”.
Por fim, o equilibrio yin e yang ( isto é feminino/masculino) da carta astrológica natal (quantidade de planetas em signos yin e yang, bem como a localização, por signo, do Sol, da Lua e do Ascendente) isso me indicará  a natural inclinação da pessoa em privilegiar na vida as funções do hemisfério cerebral direito ou do esquerdo, responsáveis, pelas funções yin e funções yang da psique.
É que todos os seres humanos possuem ambos os tipos de função no seu psiquismo (que prefiro denominar yin ou yang e não “femininas” ou “masculinas”, pois não se trata de sexualidade) e depende da maior inclinação natural em utilizar um ou outro agrupamento de funções o fato de a pessoa ser mais “feminina” ou mais “masculina” na sua forma geral de lidar com a vida e consigo.
Este é um aspecto fundamental, já que a nossa cultura exige de homens e mulheres papéis sociais excessivamente rígidos e diferenciados, podendo provocar severas dificuldades de construção de auto-imagem positiva em quem se diferencia naturalmente das atitudes e dos papéis sociais esperados do seu sexo biológico.
Funções disso tudo?
Imagine, então, por exemplo, um homem que possua um mapa astral natal mais yin do que a média dos homens do seu meio ambiente cultural:
ele se  vai mostrar desde bebê bem mais emocional, mais intuitivo e mais sentimental do que o modelo masculino da sua cultura, podendo acreditar-se afeminado ou inseguro da sua própria masculinidade;
em contrapartida, suponha uma mulher que apresente um mapa astral natal mais yang do que o modelo feminino valorizado pelo seu meio ambiente cultural: desde bebê ela se mostrará mais racional, mais agressiva e mais lógica do que o modelo feminino de sua cultura, podendo acreditar-se masculinizada ou pouco feminina.
Casos como estes, se não bem entendidos e aceitos internamente, podem levar a pessoa ao comprometimento de sua auto-imagem e até mesmo a severos desequilíbrios hormonais, com pesados problemas de hipófise, tireóide e gônadas (componentes básicas do sistema endócrino envolvido com a produção de hormônios masculinos e femininos e com a definição de traços sexuais secundários como a distribuição de pelagem ou da massa corporal e o timbre de voz, entre outros).

Traços Conjunturais de Personalidade na astrologia
Já os traços conjunturais da personalidade global, sempre derivados de modelos precocemente apresentados pelo meio ambiente à criança, devem merecer outra estratégia de resolução:
Ao invés de apenas aprender a “gerenciar” ou “administrar” uma real característica pessoal, a pessoa deve se dispor a se reprogramar emocionalmente, gradualmente desmobilizar as matrizes inconscientes de comportamento que foram condicionadas pelos modelos feminino, masculino e relacional atuados na sua casa.
Porque tais matrizes afetam o desempenho global da pessoa, cobra um alto preço em praticamente todas as áreas de atividade pessoal, da afetividade à espiritualidade, da manifestação criativa à sensualidade, do desempenho intelectual a uma vivência mais plena da sexualidade?
Retomendo o raciocínio que explica a origem das matrizes inconscientes do comportamento de uma pessoa:
nascida com inclinação natural a determinadas formas básicas de comportamento, devido ao seu tipo psicológico altamente individualizado (todos os seres humanos, por mais diferentes que pareçam, portam traços básicos análogos de constituição psicossomática, característicos da espécie), a criança imediatamente passa a conviver com um determinado modelo de pai e de mãe, fruto de como ambos estão naquele momento da sua vida, da qualidade de sua inter-relação pessoal e do tipo de relação que mantêm com a criança.
Será do percebido no comportamento global paterno e materno que a criança estruturará aquilo que a Psicologia chama de imagem materna e imagem paterna, as imagens parentais básicas formadas durante o período infantil, associadas às emoções e sentimentos da infância e posteriormente reprimidas no inconsciente.
Mais depois, iniciada a sua socialização (escola, amiguinhos , parentes, companheiros de interesses etc.), a criança estará a viver experiências que farão ressoar as memórias emocionais da primeira infância, reafirmando-as e acredita que sempre será assim; gradualmente nela se instala um certo fatalismo , pois sem o saber a pessoa vai selecionar, dentro do conjunto geral de situações possíveis no meio ambiente, aquelas que mais de perto ecoem as cenas da primeira infância (no que diz respeito ao conteúdo emocional e sentimental lá vivido), tenta compulsivamente reviver tipos de emoção e sentimento análogos aos que eram vividos na casa original.
O porquê de eu dizer, que uma mapa astral é vira o disco e toca o mesmo.
Se a criança é uma menina, quando adulta utilizará o conteúdo de sua imagem materna para modelar inconscientemente a própria auto-imagem, utilizando o conteúdo de sua imagem paterna para pré-definir o tipo de homens de que se aproximará e o tipo de relações que terá com eles;
se for menino, dar-se-á o inverso.
A única forma de romper este ciclo vicioso
(isto é atrair situações que produzem sentimentos parecidos com os vividos na sua casa de infância, como forma de se certificar de que a realidade natural é esta, com isto vai procurar mais uma vez situações com este contorno por toda a sua vida, mesmo que diga não querer ou não querer mais) vai reviver as emoções e sentimentos originalmente vivenciados e, desta forma, se livrar das cargas emocionais e afetivas que atuam compulsivamente a partir do inconsciente, assim como retira da pessoa o controle consciente sobre o seu próprio comportamento.
Por isto, a pessoa praticamente não tem outra alternativa a não ser realizar algum tipo de trabalho de autoconhecimento e modificação interna, com o objectivo de identificar quais os modelos de comportamento que lhe foram apresentados (as formas de pensar, sentir, querer e agir) e, destes, quais conscientemente deseja manter na sua vida atual;
Então, isso vai responder a algumas das principais questões que a pessoa  se faz, a análise da sua carta astrológica é um recurso precioso, uma excelente ferramenta.
Recordo um conceito básico de psicologia mencionado: nenhum fenômeno psíquico tem uma origem única, nenhum comportamento humano é motivado por uma causa apenas.
Da mesma maneira, que nenhum aspecto da dinâmica ou da estrutura da sua personalidade identificada por um mapa astral natal deriva de apenas um, e só um, dos seus componentes.
Por esta razão a análise de uma carta astrológica natal deve contemplar a totalidade da carta ( não apenas o seu signo e ascendente por exemplo), já que as situações possíveis podem ser reforçadas ou atenuadas por outros dados da mesma carta.
Por que a minha Auto-Estima esta tão baixa?
Não são poucas as pessoas que se queixam de uma sensação vaga e imprecisa de abalo da sua auto-estima, mesmo quando são bem sucedidos nos seus múltiplos papéis;
Isto em geral as coloca numa roda-viva de necessidade de se afirmar, por mais que tenham sucesso, não lhes é permitido descanso nem momentos de relaxamento.
Quando, por exemplo, num mapa astral natal o Sol da pessoa esta em Conjunção, Quadratura ou oposição do planeta Saturno, desenvolve-se dentro de si, desde a primeira infância, uma pesada sensação de estar a fazer algo errado ou censurável pelo simples fato de existir;
Este dado também informa que provavelmente o pai desta criança exige dela um rígido desempenho global, na mesma medida em que foi dele exigido também, não da à criança a  oportunidade de desenvolver uma postura interna de otimismo e crença na vida e em si mesma.
Como resultado, estruturou-se nela um rigoroso superego ( isto uma enorme carpaça), razão pela qual no futuro, mesmo quando pudesse ou desejasse, vai carregar a pesada sensação de “estar a ser vigiada” e pode ser alvo, a qualquer momento, de pesadas acusações de incapacidade (as casas astrológicas envolvidas relatarão em detalhes a intensidade da cobrança e as áreas de atividade mais diretamente penalizadas).
Outras vezes, esta sensação de  baixa auto-estima provém de outra história:
se o mapa da pessoa mostrar uma Quadratura entre Marte e Lua, pode-se ter verificado uma pesada rejeição materna à gravidez e, como consequência, desde a fase intra-uterina a criança foi obrigada a conviver com pesados sentimentos de rejeição pelo simples fato de existir.
Pior ainda se este mesmo mapa apresentar uma quadratura ou oposição entre Plutão e Marte:
muito provavelmente a mãe tentou um aborto ou pelo menos desejou ardentemente fazê-lo, assim foi instalado no psiquismo do feto pesadas ameaças de morte, além dos sentimentos de rejeição.
Outro mapa natal poderia mostrar o Sol recebendo em quadratura  a Marte, num cenário doméstico (indicado por outros dados) no qual o pai não está feliz consigo mesmo;
se é o mapa de uma mulher, muito provavelmente este pai desejava um filho e rejeitava pesadamente a filha “pela simples razão dela ser mulher”.
Aliás, se o mapa natal é de uma mulher, quaisquer ataques à Lua ou a Vênus (quadraturas e oposições de Marte, Saturno, Júpiter e Urano, ou Lua e Vênus em quadratura ou oposição entre si) abalam rigorosamente sua noção interior de feminilidade e, por consequência, a sua auto-estima (visto ela se identificar externamente como mulher, mas internamente não confia em si mesma);
por sua vez, se o mapa astral é de um homem, quaisquer “ataques” contra o Sol, Marte e mesmo Júpiter podem instalar sentimentos semelhantes em relação à própria masculinidade.
Isto para não falar de sentimentos derivados da pressão do meio contra a vivência de algum dos traços estruturais de personalidade:
por exemplo, imagine uma menina que desde cedo se perceba “mais maria rapaz” do que as suas amiguinhas e, graças a isto, já que na nossa cultura não se aceita que uma menina tenha comportamento mais de guerreiro, julgua-se incompetente na sua feminilidade.
Ou um homem que desde menino se recuse a jogos de maior agressividade e seja repetidamente acusado de “maricas”.
Ambos poderão desenvolver pesados sentimentos de inadequação sexual, através da homossexualidade ou através do exagero compensatório dos seus papéis sociais femininos e masculinos, respectivamente.
Por vezes, basta que a pessoa se tenha  identificado  demasiado com a figura parental do mesmo sexo e, caso o mapa natal confirma, tal figura tenha sido uma “frustrada”:
muito provavelmente, quando adulto este indivíduo carregue pesados sentimentos de ser também um frustrado.
As situações são inúmeras, as causas são sempre complexas e não se esgotam em um ou outro aspecto apenas do mapa natal;
O importante, na verdade, é que pode entender as razões de tais sentimentos e, na posse destes conhecimentos, trabalhar no sentido de alterar o conjunto de memórias inconscientes que os mantêm e lhes são indesejáveis.
Mini estudo astrológico do mapa da
andreza guerra
Data: 06-03-1997 01:00
Nasceu em Coimbra e vive em Lyon França
ASCENDENTE AQUÁRIO
O regente do Ascendente é Saturno na Casa 2 em Carneiro

Saturno na Casa II
- Tem de trabalhar arduamente para ganhar a vida, embora seja perspicaz nos fituros negócios e não seja de perder dinheiro nas suas transações.
Poupar para a velhice é uma coisa;
ser sovina é outra.
Saturno em Carneiro
- Saturno em Carneiro está em queda e isso manifesta-se negativamente por não ter consciência dos princípios de justiça social bem como dos direitos dos outros.
Por outro lado as circunstâncias a vão forçar a adquirir espírito de iniciativa e a moderar e os impulsos gerando com isso disciplina e auto--confiança.
Este processo desenvolve a criatividade mental que, por sua vez, pode levar à introdução de conceitos novos às áreas a que se irá dedicar.

Saturno  na Casa 2 em SEXTIL a Ascendente  na Casa 1
- Desperta sentimentos de respeito e admiração nos outros pela rectidão do seu comportamento.

Saturno é almuten ou dominador da Casa1  Casa8  Casa12


Ascendente: 16ºAQU 50'46" no  2 º Decanato (Gémeos)
Tenha presente que Aquário é um signo de ar embora seja representado pelo aguadeiro a derramar a sabedoria (a água) sobre a terra (a humanidade).
O espírito inovador, inventivo e inconformista de Urano fazem de si e dos aquarianos os verdadeiros motores do progresso em todos os sentidos.
Dada a sua grande capacidade de inovar e cortar com o que é velho e ultrapassado torna-se consequente com os seus novos pontos de vista o que leva muitas vezes erradamente a pensar que não sabe o que quer.
Por outro lado o aquariano é o símbolo da fraternidade. Um dos seus maiores objectivos na vida é contribuir para o bem-estar da humanidade.
É de ideias muitas vezes consideradas como excêntricas, determinada e teimosa;
dificilmente inabalável no seu comportamento de "eu é que sei" o que pode criar desavenças nos grupos de pessoas em que se insere,  grupos esses de que necessita " como peixe de água".
No entanto não é por razões de segurança de qualquer ordem que necessita de viver em grupo;
é só por instinto gregário.
A prática do desporto nada lhes diz. 
Prefere actividades intelectuais.
2 º Decanato - Gémeos
Mercúrio dá aos geminianos a capacidade de aprender,  raciocinar e reagir com rapidez e eficiência . 
Mente extremamente criadora e bastante comunicativa.  Saber e saber cada vez mais é um dos seus lemas.
Os seus interesses são bastante variados mas de igual intensidade.
Atinge um estado de satisfação plena se puder executar manualmente o que idealiza.
Torna-se muito popular devido à sua comunicabilidade mas não gosta de se prender a nada nem a ninguém preservando cautelosamente o seu sentido de liberdade e individualidade.
Inconformista por natureza e nunca aceita reagir de forma imposta.
O Signo Solar também é Gémeos com o Sol a 12ºGEM29'
2 - TEMPERAMENTO
Preponderância dos elementos Seco e Frio.
Temperamento melancólico, linfático-nervoso.
Não está aberta a impressões ligeiras e superficiais, mas qualquer coisa de mais forte cria marcas profundas ao longo de muito tempo.
O que conseguir tocar as suas emoções criará raízes profundas na sua mente e determinará o enquadramento do seu raciocínio.
Geralmente é cautelosa, muitas vezes, desconfiada.
É séria, por vezes quase sombrio, preocupando-se muito com o futuro o que o leva a tornar-se sovina, avarento mesmo.
No amor e na amizade é verdadeira mas tende para o ciúme.
É marcada pela responsabilidade, estrutura e pontualidade e espera que os outros se comportem da mesma forma.
Sendo tensa e introvertida é cautelosa, de uma natureza reflectiva e, normalmente, sempre em guarda, não se evidenciando muito, dado a reflexões, comportamento planeado e sistematizado, reservada, muitas vezes assustadiça e de embaraço.
Paciente em todos os projectos,  tenaz e obstinada, por vezes fanática.
Preponderância dos elementos Húmido e Quente.
Temperamento sanguíneo, bilioso-sanguíneo.
Caracterizado por um elevado grau de excitabilidade a que lhe falta, contudo, profundidade.
É facilmente impressionável e também não é difícil despertar o seu interesse e o seu agrado.
Mas para que isso persista é necessário que esses aspectos sejam permanentemente alimentados com outros de cenários diferentes porque a rotina aqui não funciona e, rapidamente, a atenção se vira para outros centros de interesse.
A capacidade de esquecer é grande, é dada a impulsos.
Agrada-lhe as companhias alegres, gosta de se divertir mas faz promessas sem as pensar cumprir.
Fica muito atrapalhada com as gafes, desfaz-se em desculpas mas volta a fazer o mesmo na próxima oportunidade.

Falta dos elementos Frio e Húmido no seu mapa astral.
Pouca habilidade para sentir profunda e intuitivamente. Debruçar-se sobre questões emocionais, suas ou dos outros, considera como uma verdadeira perda de tempo a um ponto tal que raia a insensibilidade.
As emoções são bem controladas e se tiver uma necessidade absoluta de desabafar ou falar dos seus problemas impõe limites que dificilmente deixarão trazer tudo cá para fora.